Relacionamento entre pessoas que moram em países diferentes funciona?
Muitos cuidados devem ser tomados na hora de encontrar o ser amado, como a bagagem, a frequência de encontros e a contratação de um seguro de saúde internacional.
Nos últimos anos é claramente perceptível o aumento no número de casais formado por pessoas que moram em países diferentes. Se há algumas décadas a saída da casa dos pais para constituir um lar com um rapaz que a moça conheceu no próprio bairro já era um processo doloroso, “entrega-la” a um homem de outro país seria simplesmente inimaginável.
Mas os tempos mudaram. Tecnologia, costumes e a economia ganharam contornos totalmente diferentes. Drasticamente diferentes. A mulher tornou-se independente emocional e financeiramente. A economia possibilitou a quebra de barreiras internacionais. E a tecnologia?
A tecnologia deu sua contribuição de forma acintosa. Além das redes sociais as quais são capazes de nos colocar em contato com pessoas de qualquer lugar do mundo, há também os aplicativos e sites especializados em relacionamento, que se juntaram para estimular ainda mais a formação de casais com essa característica.
Nesse artigo falaremos das dificuldades e soluções encontradas por casais que se relacionam além das fronteiras.
QUAIS AS DIFICULDADES
Os casais são quase unânimes em dizer que a distância, ou mais especificamente, a saudade causada por ela e pela consequente impossibilidade de ser ver frequentemente é o ponto mais difícil de ser administrado por duas pessoas quando decidem se relacionar dessa maneira.
Uma vez mais a tecnologia, através das redes sociais, aplicativos, sites e até aparelhos como um simples celular, smarthphone ou tablet facilitam a comunicação até diária, porém não é a mesma coisa do que ter a pessoa ali do seu lado. A saudade que vai se formando deve ser aplacada com muito diálogo para que haja uma espécie de “contato” diário e o ciúme, normal nesse tipo de situação, fique sob controle e não atrapalhe a relação.
COMO SOLUCIONAR
Outro aspecto que deve ser bem definido pelo casal é a frequência com a qual devem se ver. As obrigações profissionais, acadêmicas, familiares e/ou pessoais sempre devem ser pesadas para que se planeje bem as viagens, pois, muitas vezes elas são a razão que leva o casal a viver em países diferentes.
Por se tratar de países, às vezes até localizados em continentes diferentes, a logística é mais delicada. Alguns cuidados específicos devem ser tomados para o sucesso da viagem, como o planejamento da bagagem, com itens delicados, como as roupas, e a contratação de um seguro de saúde internacional, já que despesas médicas no exterior geralmente são salgadas para o orçamento.
Ele funciona como um plano de saúde temporário, ou, até mesmo como uma espécie de indenização que pode ser aplicada a vários tipos de situações ou acidentes, que poderão acontecer, sim, principalmente em um terreno “desconhecido”.
A validade do mesmo é durante o tempo contratado e de acordo com as especificações estipuladas em contrato. Geralmente ele é feito exatamente para viagens internacionais, pois em outros países os planos de saúde vigentes no Brasil NÃO são aceitos.
Muitos casais optaram por programar as viagens, com intervalos de 3 ou 4 meses, revezando-se quanto a qual dos dois viaja em cada uma das datas escolhidas, para que o orçamento de cada um não seja tão afetado.
Ou até mesmo, de acordo com suas dinâmicas no dia a dia, optam por escolher uma moradia em um ponto neutro. Há casais onde um dos dois, ou os dois, tem como trabalho uma ocupação que envolve muitas viagens. A solução encontrada foi comprar ou alugar um imóvel em um lugar onde nenhum dos dois morava, mas que se localiza em um local lá qual os encontros e a convivência se torne mais frequente e tranquila.
De forma geral, um relacionamento entre pessoas que moram em países diferentes, como qualquer outro relacionamento, exige muita paciência, respeito ao mundo de ambas as partes, planejamento e, acima de tudo, é claro, muito amor.